sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Papai Noel e o Outro


Dois personagens se encontram no calendário de final de ano.

E as diferenças são logo notadas, embora, nem todos enxerguem ambos.

Enquanto um é aguardado ansiosamente entrando pela chaminé, o Outro bate à porta pacientemente.

Um ostenta roupas vermelhas, brilhantes e bem recortadas; o Outro valoriza o interior.

Um carrega um gôrro na cabeça;o Outro uma coroa de espinhos.

Um carrega presentes; o Outro oferece a Si mesmo.

Um é fruto de uma ilusão; o Outro é a Realidade encarnada.

Um é lembrado pelas multidões; o Outro é ignorado pela maioria.

Um passa rapidamente por sua vida; o Outro tem poder para transformá-la eternamente.

Um está nos shoppings e vitrines de todos os lugares; o Outro espera por um lugar no seu coração.

O Natal está diante de nós. E diante de nós também se encontram os dois personagens...

Quem verdadeiramente queremos celebrar???

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

A latinha da coca-cola



A igreja de Jesus Cristo sempre viveu a tensão entre suas faces orgânica e organizacional. Parece que nos últimos anos essa tensão se agravou. Especialmente no segmento evangélico de tradição reformada, a crítica à “igreja instituição” está na moda, e não são poucos os que se vangloriam de ter “rompido com a instituição”. Outro dia alguém me classificou de “institucionalizado”, e me senti praticamente xingado. Decidi dar mais atenção à dimensão institucional da igreja corpo vivo de Cristo. Jamais imaginei que fosse levantar minha voz para defender a bandeira institucional, e é bem provável que no início eu estivesse movido pelo instinto de sobrevivência ou auto-justificação, mas ao final achei que meus argumentos faziam sentido. Hoje já não me incomodo quando alguém diz que sou “institucionalizado”.


Essa conversa de “ser desinstitucionalizado” na melhor das hipóteses reflete ignorância. Na pior, má fé. Considere a chamada “igreja primitiva”, geralmente idealizada como modelo “desinstitucionalizado” a ser reproduzido, e perceba que o desenvolvimento natural da igreja exigiu organização (Atos 6.1-7), nomeação de liderança e acomodação hierárquica (Atos 14.21-23), estabelecimento de normas, costumes e critérios éticos entre as igrejas (Atos 5.1-11), definição de um credo mínimo (Romanos 11.33-36; Filipenses 2.5-11; 1Timóteo 1.17; 3.16), assembléias presbiteriais (Atos 15); ação estratégica para a expansão (Atos 13.1-3; 11.19-21), sistema de arrecadação, gestão e distribuição de recursos financeiros (2Corintios 8,9); ordem e direção litúrgica para os encontros coletivos (1Coríntios 14.26-40), dentre outras características que hoje são consideradas um gesso que impede a boa manifestação do corpo orgânico da igreja.

A tão celebrada “igreja primitiva” era institucionalizada. Caso você participe de um “movimento” que tenha: (1) liderança identificada; (2) hierarquia definida; (3) rotina de atividades; (4) agenda de serviços; (5) voluntários coordenados; (6) demandas coletivas; e (7) necessidade de arrecadação financeira, então você não participa de um movimento, você é institucionalizado.

Os que se consideram “desinstitucionalizados” geralmente são aqueles que romperam com uma instituição e se comprometeram com outra. A diferença é que algumas instituições têm centenas de anos de história enquanto outras nasceram ontem, e quase sempre baseadas em uma personalidade tipo “guru” ou “messias reformador” que levará a igreja de volta às origens. Reconheço que por serem mais novas, as instituições emergentes podem ser mais leves, ágeis e eficazes. Mas não significa que não sejam instituições. E também não significa que sejam menos perniciosas e enfermas que as instituições centenárias.

Jesus advertiu que o vinho carece de odre, e que há odres mais adequados que outros. A questão, portanto, não é ser ou não ser institucionalizado, mas o tipo de instituição que pretende acomodar o vinho novo do Evangelho de Jesus Cristo, nosso Senhor.

Imaginar a possibilidade de uma igreja que seja apenas organismo espiritual sem qualquer dimensão de instituição social é o mesmo que considerar a possibilidade de chegar no balcão da padaria e pedir um refrigerante dizendo: “Sem garrafa, por favor”.

O conflito entre as dimensões orgânica e organizacional da igreja começou cedo. Tão logo Jesus foi levado aos céus. No contexto da comunhão e da oração (organismo) Pedro se levanta para promover a eleição do substituto de Judas (organização). Mas Deus não se fez de rogado, mandou do céu algo como um vento impetuoso e deixou claro que a necessidade humana de controle que tende a se perpetuar através de sistemas institucionais jamais conteria a dinâmica vital do povo batizado com o Espírito Santo, pois “o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade” (2Coríntios 3.18).

Essas reflexões me levaram a considerar os dez pecados que um líder institucional não pode cometer. São eles:

1° Enclausurar Deus nas paredes de sua instituição

2° Limitar as manifestação do Reino de Deus aos horizontes de sua instituição

3° Condicionar a relação com Deus à relação com sua instituição

4° Exigir da igreja povo de Deus sacrifícios em nome de sua instituição

5° Restringir a atuação ministerial dos cristãos ao engajamento em sua instituição

6° Confundir a instituição com o corpo vivo de Cristo

7° Pretender gerir o corpo vivo de Cristo com a lógica da gestão institucional – se preferir, basta “pretender gerir o corpo vivo de Cristo”

8° Priorizar as relações funcionais em detrimento das relações pessoais

9° Colocar o corpo vivo de Cristo à serviço da instituição

10° Tentar perenizar a instituição.


Retirado do Blog http://edrenekivitz.com/blog/

domingo, 19 de dezembro de 2010

10 Lugares que AINDA não conheço, mas QUERO conhecer

1) Fernando de Noronha - mergulhar ali será incrível!!!

2) Austrália

3) Jerusalém

4) Alemanha

5) Fortaleza

6) Bonito

7) Nova York

8) Miami

9) Londres

10) Lua - isso mesmo!!! Quem sabe um dia....rs

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

10 Coisas que Não Gosto de Comer


Tá bom...
Sei que já faz uns dias que não escrevo aqui... Final de ano é uma correria só.
Mas blog é pra ser atualizado, afinal, não tem nada mais sem graça que você abrir uma página de um blog que goste de ler, e ver que o último post já tá lá perdurando.... rs

Então, vou inaugurar aqui uma nova leva de post, sempre voltados para uma listinha de 10 coisas, fatos, etc...

Se você já passou pelo constrangimento de comer algo que detesta só pra agradar alguém, sabe que a experiência não é das melhores.

Eu, não tenho NENHUM problema para dizer: "Obrigado, mas não gosto disso".

Certa vez, quando cheguei em Belo Horizonte para morar, ano de 1998, um grande amigo fez um convite para um almoço de domingo em sua casa. Eu estava trabalhando no CABH (Colégio Adventista de Belo Horizonte) e o Pr. Lemuel (o amigo) era o capelão.

Na data combinada, lá estava junto com minha esposa para almoçarmos juntos...
Conversa muito boa, risadas, e quando chegou a hora do almoço, todo aquele ritual... e então, ele anuncia o prato principal feito em minha homenagem: mocotó!!!!

Só dei uma olhada na panela (enorme!!!), olhei pro meu amigo e disse: "Cara, obrigado, mas não como isso aí não..."

Até hoje, relembramos esse episódio e damos muitas risadas...

Então, vamos à lista de 10 COISAS QUE NÃO GOSTO DE COMER:

1) Mocotó... rs

2) Frango com quiabo... eca!!!

3) Jiló

4) Língua de boi

5) Bife de fígado ... sofri na minha infância com isso pra combater anemia... Acho que é trauma!!!rs

6) Pimentão

7) Alho

8) Doce de Abóbora

9) Pé, pescoço, asa de galinha (tem gente que come isso!!!)

10) Ovo mole (aquela gema escorrendo no prato me faz sair correndo!!!)

Aí está a minha lista.
Imagino que aí tenha coisas que você também não goste, e outras que talvez você ame!!!

Gosto é assim mesmo.

A propósito, qual é a sua lista???

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

"Testemunhos" Modernos



Vivemos na era da exposição máxima.
Nunca se soube tanto, sobre tantos e em tão diversas circunstâncias: do campo profissional ao pessoal, tudo (ou quase tudo) está vagando sobre nós, nas "nuvens" da grande rede mundial.

Sabemos onde está aquele artista famoso, qual sua agenda, se perdeu seu vôo, se desistiu de sair de casa, etc...

Em tempos de Twitter, poucos caracteres são necessários para que o fato dê a volta no globo (ou na Globo, dependendo do grau de notoriedade).

E assim, famosos ficam ainda mais famosos e anônimos ganham cada vez mais seus "quinze minutos de fama".

Nessa avalanche ninguém está imune.

Com toda essa exposição, muitos cristãos, que antes ficavam restritos ao templos e eventos religiosos estão ganhando os palcos seculares e os aplausos humanos.

Se antes apenas se limitavam ao seu "mundo religioso" a moda agora são os holofotes de grandes casas de shows, nas principais cidades do país.

Mas qual o problema de se apresentar num ambiente desse?

Nenhum - pela estrutura oferecida com equipamento de primeiríssima qualidade, luz, etc, etc, etc... Nossa igreja já realizou eventos assim, aproveitando-se da estrutura do local e chegou a gravar alguns musicais fantásticos!!!

Na minha opinião, o problema começa quando o evento é 100% secular, como algum show de um grande cantor da MPB, e "nossos cantores" sobem ao palco junto com estes...

Por favor, não me venham falar que ele estava lá "testemunhando"...

Testemunhando o quê???

Quando procuro no dicionário TESTEMUNHAR, encontro o seguinte significado:

1) ATESTAR
2) CONFIRMAR
3) REVELAR
4) PRESENCIAR

Então, me ajudem a encontrar uma resposta:

1) O que eles "atestam", quando sobem aos palcos e cantam o repertório secular e não aquele condizente com sua fé???

2) O que eles "confirmam" quando recebem os aplausos da platéia?

3) O que eles "revelam" quando todo destaque é dado ao seu talento vocal, técnica, etc...?

4) O que eles "presenciam" em um ambiente assim???

Não estou aqui "ajuntando pedras" para execução de ninguém...

Este espaço é apenas para reflexão, até porque, quem sou eu, ou quem somos nós, para nos colocarmos na posição de juízes, donos da verdade...

Mas, por favor, me ajudem a entender esses tempos modernos (ou pós-modernos, como queira) onde qualquer coisa hoje é "testemunho", qualquer coisa hoje é "ministério"....

Sinceramente, eu não entendo!!!